É de lamentar que durante um programa cujo nome é Prós e Contras, que facilmente se percebe que alude a um lado e ao outro, tenha havido uma crítica, senão mesmo um ataque, ao sucesso e identidade dos colégios privados sem que estes tivessem tido qualquer hipótese de defesa ou resposta. Se foi apontada como uma questão a discutir, ou simplesmente pelo facto de ter surgido, teria sido dever da moderadora deste debate promover a reflexão no assunto, para bem e para mal, para a crítica e concordância, para os prós e para os contras.
É por isso triste que o próprio programa que criou elevadas expectativas pela sua qualidade, esteja agora a perder-se e a pecar na sua própria essência. Parece-me mais viável uma intervenção, por rápida que fosse, minha ou de outro aluno qualquer presente com a experiência de um ensino privado ''no terreno'' (como tantos aliás exigem criteriosamente para aqueles que ousam falar do ensino público) do que uma deliberação ''nos valores sociais e económicos da sociedade actual'' feita por um aluno, tão aprendiz e novato como eu sou, e sustentado por um argumento baseado ''no estado capitalista selvagem'' feito por um currículo tão fértil como uma digna senhora, professora, aluna, mãe, política e mais qualquer coisa certamente.
Percebo no entanto que a falta de tempo possa ter sido a razão de tal desajuste. Para mim, só vem agravar a situação uma vez que houve três alunos do ensino público a falar, professores do público a falar, uma escola pública, dita exemplar, a fazer o ''marketing que os privados (diz-se por aí...) fazem'' e apenas uma pessoa que ainda conseguiu aludir um pouco à experiência do privado, dito por outro alguém um conjunto de ''escolas que aparece não se sabe bem de onde para o topo dos rankings.'' Será esta a liberdade e democracia que a plateia tanto insistia em frisar ter sido conseguida em 1974?
Na minha opinião, apenas veio reforçar que não é o ensino privado que se opõe ao ensino público mas é sim, essa a ideia que se vem a cultivar pelo próprio ensino público e pela pressão mediática que foi aliás, ontem provada existir. No entanto, é necessário parar para pensar no que terá levado aqueles que cerram fileiras protegendo o ensino público a sentir-se atacados quando se fala de indisciplina e insucesso! É que se tocar nas feridas dói, então curá-las mais ainda custa. Enquanto não se entender a escola como um local de educação e não um catalisador de conteúdos, irá ser previsível que sempre que se toque na caixinha, salte o “velho” palhaçinho cá para fora acertando naqueles que o rodeiam.
Parece-me uma situação lamentável e que me deixou enquanto aluno dos meus professores, enquanto professor para os meus amigos, enquanto cidadão, enquanto pai dos filhos que hão-de vir, enquanto educando dos meus pais e professores, enquanto educador dos que me rodeiam, profundamente desiludido.
É por isso triste que o próprio programa que criou elevadas expectativas pela sua qualidade, esteja agora a perder-se e a pecar na sua própria essência. Parece-me mais viável uma intervenção, por rápida que fosse, minha ou de outro aluno qualquer presente com a experiência de um ensino privado ''no terreno'' (como tantos aliás exigem criteriosamente para aqueles que ousam falar do ensino público) do que uma deliberação ''nos valores sociais e económicos da sociedade actual'' feita por um aluno, tão aprendiz e novato como eu sou, e sustentado por um argumento baseado ''no estado capitalista selvagem'' feito por um currículo tão fértil como uma digna senhora, professora, aluna, mãe, política e mais qualquer coisa certamente.
Percebo no entanto que a falta de tempo possa ter sido a razão de tal desajuste. Para mim, só vem agravar a situação uma vez que houve três alunos do ensino público a falar, professores do público a falar, uma escola pública, dita exemplar, a fazer o ''marketing que os privados (diz-se por aí...) fazem'' e apenas uma pessoa que ainda conseguiu aludir um pouco à experiência do privado, dito por outro alguém um conjunto de ''escolas que aparece não se sabe bem de onde para o topo dos rankings.'' Será esta a liberdade e democracia que a plateia tanto insistia em frisar ter sido conseguida em 1974?
Na minha opinião, apenas veio reforçar que não é o ensino privado que se opõe ao ensino público mas é sim, essa a ideia que se vem a cultivar pelo próprio ensino público e pela pressão mediática que foi aliás, ontem provada existir. No entanto, é necessário parar para pensar no que terá levado aqueles que cerram fileiras protegendo o ensino público a sentir-se atacados quando se fala de indisciplina e insucesso! É que se tocar nas feridas dói, então curá-las mais ainda custa. Enquanto não se entender a escola como um local de educação e não um catalisador de conteúdos, irá ser previsível que sempre que se toque na caixinha, salte o “velho” palhaçinho cá para fora acertando naqueles que o rodeiam.
Parece-me uma situação lamentável e que me deixou enquanto aluno dos meus professores, enquanto professor para os meus amigos, enquanto cidadão, enquanto pai dos filhos que hão-de vir, enquanto educando dos meus pais e professores, enquanto educador dos que me rodeiam, profundamente desiludido.
Por João Luis Santos
2 comments:
Gerir a comunicação....não é coisa fácil!
Tocar nas feridas...dói..mas pode curar dependendo do que com elas se fizer!
Gerir a comunicação....não é coisa fácil!
Tocar nas feridas...dói..mas pode curar dependendo do que com elas se fizer!
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